Perspectivas para o agronegócio em 2021

Tendências do agro pós-pandemia


Autor:
Luiz Antônio de Brito, CEO da Cerrado Corretora

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Com a retomada da economia mundial as commodities tendem a se manterem com preços altos no mercado internacional, existe demanda desde grãos a aço, petróleo.

Novos fatores e meio de investimentos no agronegócio além dos recursos normais, irão modernizar os meios de empréstimos a produtores e cooperativas, bem como a agroindústria.

O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo e pode ainda crescer muito mais com suas potencialidades e perfil de seu empreendedor rural. A tecnologia e inovação vieram em uma velocidade extraordinária impulsionada pela pandemia.

A chave do crescimento será transformar o Brasil não só em um fornecedor de matéria prima mundial (soja, milho, café, algodão, etc), mas agregar valor à produção interna. O mundo cobra novas práticas produtivas com sustentabilidade e proteção ao meio ambiente. Porém, fenômenos climáticos ainda serão o radar de preços e produção.

Novas tendências de consumo como o aumento de novas proteínas vegetais em detrimento ao consumo de carnes abrem um mercado gigantesco para a agricultura. O consumo saudável de alimentos pelos países desenvolvidos e com maior grau de riqueza já é uma realidade.

No acumulado do ano, até junho, o agronegócio exportou US $61,5 bilhões, ultrapassando o volume comercializado no mesmo período do ano passado – US $50,9 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 20,9%.

Demanda

O aumento da demanda mundial da soja e do milho contribuíram para o crescimento da produção no Brasil. O que se observa, no entanto, é que os estoques de soja e milho estão cada vez mais baixos.

O Ipea trabalha com uma expectativa de crescimento agrícola de 1,5% para 2021. A Conab projeta aumento de produção de grãos de 3,1%, com destaque positivo para a soja com 7,1%. Feijão e arroz estão com previsão de queda de 2,5%. Para o milho, a Companhia prevê estabilidade.

Para 2020/21, segundo a Conab, teremos recorde de 264,8 milhões de toneladas. Com algodão em pluma, 2.651 milhões de toneladas. Nesta matéria prima, há 20 anos, o Brasil era o segundo maior importador de algodão no mundo. Hoje, somos o segundo maior exportador global.

Na proteína animal, o Ministério da Agricultura vê o crescimento do frango, leite, bovinos e da pecuária de maneira geral, saindo de R$ 290,8 bilhões em 2020, para R$ 308,5 bilhões.

No primeiro semestre deste ano, a China continua sendo o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com 39% das exportações em valor, seguida pela União Europeia (14,5%) e Estados Unidos (6,4%).

Juntos, representam quase 60% do total exportado pelo Brasil. Na comparação com o mesmo período de 2020, a China aumentou as importações em 20,1%, assim como a União Europeia (16,5%) e os Estados Unidos (30,2%).

Fontes: